quinta-feira, 26 de setembro de 2013

QUANDO O SOFRIMENTO NOS FERE...

Existem pessoas que, quando violentadas pelo sofrimento, se tornam revoltadas, agredindo aos que vivem ao seu redor, como a se desforrar da dor que as esmaga.

Outras existem que se tornam amargas, alheias ao entorno, não se importando com nada mais senão sua própria dor. Para essas o mundo é cinza, sombrio, nada apresentando de bom.

A vida perdeu o brilho e vivem a rememorar os padecimentos suportados, chegando, por vezes, a se tornarem pessoas de difícil convivência, pela constância das lamentações.

Mas, outras têm o condão de transformar as experiências dolorosas em ações altruístas e humanitárias.

Recordamos da atriz belga "Audrey Hepburn". Filha de um banqueiro britânico irlandês e de uma baronesa holandesa, descendente de reis ingleses e franceses, tinha nobreza no sangue.

Foi a terceira maior lenda feminina do cinema, a quinta artista e a terceira mulher a ganhar as quatro principais premiações do entretenimento norte-americano, o EGOT, ou seja, o prêmio Emmy, o Grammy, o Oscar e o Tony.

Quando tinha apenas nove anos, seus pais se divorciaram. Para mantê-la afastada das brigas familiares, sua mãe a enviou para um internato na Inglaterra.

Audrey se apaixonou pela dança e estudou balé. Contudo, com o estourar da Segunda Guerra Mundial, tendo a Inglaterra declarado guerra à Alemanha, tudo se modificaria na sua vida.

Sua mãe, temendo bombardeios na Inglaterra, levou Audrey, sob protestos, para a Holanda. No entanto, com a invasão nazista, a vida da família foi tomada por uma série de provações.

Para sobreviver, muitas vezes, Audrey precisou se alimentar com folhas de tulipa.

Se ela sofria, e outras tantas pessoas sofriam, ela precisava fazer algo. Envolveu-se com a Resistência e viu muitos dos seus parentes serem mortos em sua frente.

Para angariar fundos, ela participou de espetáculos clandestinos, aproveitando para levar mensagens em suas sapatilhas.

Com o final da guerra, a organização que daria origem, posteriormente, à UNICEF, chegou com comida e suprimentos, salvando a vida de Audrey.

Ela jamais esqueceu isso e, em 1987, deu início ao mais importante trabalho de sua vida: o de embaixatriz da UNICEF.  Essa tarefa foi extremamente facilitada, graças ao domínio de cinco idiomas: francês, italiano, inglês, neerlandês e espanhol.

Ela passou seus últimos anos em incansáveis missões pela UNICEF, visitando países, dando palestras e promovendo concertos em benefício de causas humanitárias.

Dizia ter uma dívida para com a UNICEF, por ter tido salva a sua vida. E, dessa forma, tentava resgatá-la.

*   *   *

Sim, as dores podem ser as mesmas. A maneira pela qual cada um as recebe difere e isso confere felicidade ou infelicidade.

Alguns se engrandecem na dor, outros se apequenam e se infelicitam.

A decisão é pessoal. Aprendamos com os bons e salutares exemplos.

Ninguém vive sem sofrer. Façamos das nossas agruras motivos de engrandecimento próprio.


(Redação do Momento Espírita, com base em dados biográficos de Audrey Hepburn. Em  23.9.2013).

domingo, 22 de setembro de 2013

06 ANOS E 01 MÊS SEM VOCÊ ANA CLÁUDIA

ANJO LINDO


Conversei com as estrelas
Caminhando pelas ruas
Pra te ter 
fiz um pedido e rezei 
por onde andei

Aprendi a te amar sonhando
Dediquei meus sentimentos 
De coração de corpo e alma
Eu te amei 
Por onde andei

O amor me deixou aqui 
Nessa esquina abandonada
Na fria madrugada sozinha na calçada

(Refrão)
Mais quando a cidade adormeceu 
Um anjo lindo apareceu
Era você na minha vida
E brilha no céu com emoção
A luz da minha direção 
Era você na minha vida

O amor me deixou aqui 
Nessa esquina abandonada
Na fria madrugada sozinha na calçada


(Pique Novo)






quinta-feira, 19 de setembro de 2013

A DOR DA MÃE QUE PERDE UM FILHO






Minha história de mãe da Terra se entrelaçou com a história de uma pequena luz que veio nos fazer uma visita breve, partindo alguns dias após nascer. Minha menina tão linda, gerada com tanto amor dentro de meu ventre não resistiu às singularidades deste mundo e passou feito passarinho pelos céus de nossos olhos lacrimejados de tristeza.

É impossível descrever a dor que rugiu de minha alma e entendo que a mesma devia ser sentida e chorada com veemência a cada semana posterior de sua partida. Meu conforto foi atirar-me nos braços da fé, buscando consolo em algo maior e no amor da família. Arranquei forças de dentro de mim que não imaginava existir, para verter lágrimas em sorrisos de querer bem e gratidão a Deus.

Sim, Ele havia me presenteado! Um dia, num passado não tão distante fiz alguns combinados, sabia das escolhas que havia feito com cada uma das pessoas que passaram por mim e que estão comigo, por certo não me lembrava, até que minha pequenina veio para me ensinar e mostrar o caminho. Com a “perda” também se ganha...

Aos poucos a dor foi se dissipando, as emoções foram dando lugar a paz e as orações passaram a confortar nossos corações humanamente egoístas e cansados da matéria que nos é útil nesse plano, mas que por vezes nos pesa tanto. Sabemos que cada minuto de nossa jornada é precioso demais e deve ser vivido com entusiasmo, por isso, sejamos felizes! Minha pequena luz foi uma das melhores educadoras que já tive nessa vida, mostrou-me que a evolução da alma está na disposição de aprender e ensinar com a humildade de uma criança, com a troca de gerar e deixar ir, resignar, voar.

A vida é algo inexplicável! Foi voltando de mansinho a pulsar em nossas veias dia após dia, nossos filhos sabiamente voltaram a sorrir e correr pela casa e nosso sofrimento se estancou através do labor e do carinho de sermos todos unidos pela esperança de um dia desses nos reencontrarmos no caminho de luz que já está sendo trilhado por muitos. As lembranças de uma pequenina que cruzou nossos singelos mundos de mãe, pai, irmãos, avós, tios(as) ficarão para sempre registrados em nossas memórias. Não há de sentir culpa, raiva, mágoa por causa da morte.

Nada que nos faça estagnar no caos de sentimentos irracionais que não nos permite crescer e evoluir através do lado positivo das situações que a vida e por consequência a morte da matéria nos apresenta. A vida é construída através de nossas falas, gestos e pensamentos de amor para conosco e para com nosso próximo e a passagem de cada um de nós é a única garantia que realmente temos.

O que vai ser do futuro? Pergunta tola a minha!

Passei nove meses esperando o futuro e deixei de aproveitar mais e melhor o que era meu presente...

Por isso, aproveitem seus filhos do jeito que eles são, ame-os mesmo que distantes de ti, ame-os mesmo que não sejam como você idealizou, instrua-os para serem pessoas felizes e de bem, aproveitem cada momento com cada um de seus filhos, compartilhem com eles as experiências da vida, criem seus filhos com carinho e entusiasmo, estreitem os laços fraternais, respeitem seu desenvolvimento, suas dificuldades e elogiem seus acertos, não os protejam em demasia, mostrem os limites com clareza e tranquilidade, acompanhem cada fase, cada passo, cada letra, cada amigo, cada livro, cada amor... Não importa se viverão 9 meses e 3 dias ou 93 anos. Vivenciem seus filhos e os deixem partir quando tiverem de ir... E ao partirem, que as lágrimas caídas sejam de puro e verdadeiro amor.

Muita paz à todas as mães que deram a luz para luzes que hoje brilham aqui na Terra ou em algum lugar especial.


(Escrito por Helayne Peres Cardoso, alguns meses após a partida de sua filha Júlia junto aos nossos irmãos de luz)

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

ANA CLÁUDIA CARON - HOJE SERIA SEU 25º ANO DE VIDA AQUI CONOSCO

FELIZ ANIVERSÁRIO ANA CLÁUDIA ONDE QUER QUE ESTEJAS



Minha(eu) filha(o) estou aqui onde sempre vou estar. Estou ao seu lado e você está em mim como sempre vai estar.
Carrego em meu ventre a essência do teu corpo, o teu cheiro, seu movimento, as batidas do seu coração.
Escuto o som do primeiro choro, a dor do parto, a expulsão de dentro de mim ao encontro dos meus braços. Beijo-te todos os dias ao acordar, ao respirar, ao dormir. Elevo meu pensamento a Deus e rezo pela tua felicidade. Preocupo-me como você está passando, se está se alimentando, se está agasalhada(o), se está doente, se está vivendo... Vida essa que sei que existe e nada nem nenhuma força será capaz de destruir, pois sei que amor é para ser eterno e laços como de mãe e filha(o) não se destroem, não acabam nem terminam, jamais...
Filha(o) eu vim aqui te dizer que sigo a vida, ando, respiro e continuo, continuo buscando entender o movimento da ruptura. Por que? Não, não precisa me responder, a resposta está dentro de mim e cada um tem a sua. Obrigada por me eleger, obrigada por me ter dado a felicidade, mesmo que momentânea de conviver contigo, obrigada por me fazer mulher, mulher mais completa.
Ainda te espero chegar da escola, do trabalho, da noitada. Vou esperar sempre. 
Sinto a tua presença, pois sei que não há morte. Presença em minha alma, presença em minha vida, presença em meu coração. Não tenho olhos de ver, mas tenho amor de sentir-te ao meu lado. 
Vá filha(o), vá ser feliz, pois vendo-te feliz eu também consigo sorrir e seguir. É esse meu desejo, que sejas feliz, principalmente hoje em que completas 25 anos, seja onde for, em que lugar for e de que maneira for. Seja muito feliz.
Vá e siga sua história pelas estradas da verdadeira vida , mas tenha a certeza de aqui em alguma rua e escondida está um ser que te ama e nunca, nunca irá te esquecer.
Filha(o) eu te amo. Nós te amamos.
Sua mãe.
(Do Médium Fábio Figueiredo, modificado por Liane T. Caron)

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

02 ANOS SEM VOCÊ MEU IRMÃO - LORIVAL RICARDO TABORDA JÚNIOR

02 ANOS SEM VOCÊ MEU IRMÃO


Dois anos sem você
Dois anos de silencio da tua voz
Dois anos sem o teu sorriso
Sem tuas brincadeiras
Sem saber como estaria hoje
Dois anos de intensa saudade
De um fruto que se foi
De um presente que de repente
Transformou em saudade

Os dias passam, os anos se vão
E cada dia meu coração mais te sente
E faço da esperança um sentido
Um remédio para viver
Faço das lembranças um motivo
Para procurar ser feliz sem você
Faço da alegria que tinhas, que eras
Para conter minhas lágrimas 
Pelo vazio que se abriu
Mas, saiba meu menino
Que mesmo com esta ausência
Na minha alma 
Em meus sentimentos
Estás sempre presente.
(Ataíde Lemos)


(Esse texto foi escrito por um pai pela perda de seu filho em 02/07/2011 e que expressa o vazio que abriu em sua vida). Se encaixa a realidade de muitos pais e muitas mães. Hoje no caso, a minha mãe pela perda de seu filho mais jovem (meu irmão) que também está completando 02 anos de sua partida.
Te amamos, filho, irmão, tio, padrinho, sobrinho amigo e companheiro. Saudades sempre.