terça-feira, 26 de novembro de 2013

31 ANOS DE CASAMENTO E MUITOS PERGUNTAM:



26 de Novembro de 1982. Uma data marcada no álbum de nossas vidas.
31 anos de casamento e muitos perguntam: 
 Qual será o segredo dos casamentos duradouros?  
Casais que convivem há anos falam de paciência, renúncia, compreensão.  
Em verdade, cada um tem sua fórmula especial. 
É ser grato por tudo o que um significa na vida do outro.  
O amor real, por manter as suas raízes no equilíbrio,  vai se firmando dia a dia, através da convivência estreita.
O amor, nascido de uma vivência progressiva e madura,  não tende a acabar, mas amplia-se,  uma vez que os envolvidos passam a conhecer vícios e virtudes,  manias e costumes de um e de outro. 
É jamais ser muito velho para dar-se as mãos, diz ele.  
É lembrar de dizer "te amo", pelo menos uma vez ao dia.  
É nunca ir dormir zangado.
É VIVER 31 ANOS LADO A LADO.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

"SAUDADE" - É O AMOR QUE FICA


Domingo passado (10.11.2013) estive em uma sessão de psicografia que acontece geralmente uma vez por mês aqui na cidade onde moro (Curitiba - Paraná - Brasil). Estava e ainda continuo angustiada em busca de notícias da minha filha Ana Cláudia que partiu desta vida aqui na terra em 22.08.2007. Não recebi mensagem da minha filha mas as mensagem que vieram de outros adolescentes para seus pais me tocou o coração e também aos corações de outras pessoas que lá estiveram. Até aguardarmos o horário da psicografia em si assistimos alguns vídeos e apresentações de músicas que nos tocaram a alma.
Mas uma das coisas que mais tocou as pessoas foi um power point com um texto de um médico cancerologista que conta sobre a passagem de um anjo em sua vida. Algum tempo atrás já havia recebido esse texto na minha caixa de e-mails e então resolvi publicar aqui em meu blog para quem, caso não o tenha lido, apreciá-lo.

Segue:

Médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos 
de atuação profissional, com toda vivencia e experiência 
que o exercício da medicina nos traz, posso afirmar que 
cresci e me modifiquei com os dramas vivenciados pelos 
meus pacientes.

Dizem que a dor é quem ensina a gemer. 
Não conhecemos nossa verdadeira dimensão, até que, 
pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes 
de ir muito mais além.
Descobrimos uma força mágica que nos ergue, nos anima, 
e não raro, nos descobrimos confortando aqueles que vieram 
para nos confortar.
No início da minha vida profissional, senti-me atraído 
em tratar crianças, me entusiasmei com a oncologia infantil. 
Tinha, e tenho ainda hoje, um carinho muito grande por crianças. 
Elas nos enternecem e nos surpreendem como suas maneiras simples e diretas de ver o mundo, sem meias verdades.
Nós, médicos, somos treinados para nos sentirmos "deuses". 
Só que não o somos! Não acho o sentimento de onipotência 
de todo ruim, se bem dosado. É este sentimento que nos impulsiona, que nos ajuda a vencer desafios, a se rebelar contra a morte e a tentar ir sempre mais além.
Se mal dosado, porém, este sentimento será de arrogância e 
prepotência, o que não é bom. 
Quando perdemos um paciente, voltamos à planície, experimentamos o fracasso e os limites que a ciência nos impõe e entendemos que não somos deuses.
Somos forçados a reconhecer nossos limites!
Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, 
onde dei meus primeiros passos como profissional.
Nesse hospital, comecei a frequentar a enfermaria infantil,
e a me apaixonar pela onco pediatria. 
Mas também comecei a vivenciar os dramas dos meus pacientes, 
particularmente os das crianças, que via como vítimas inocentes 
desta terrível doença que é o câncer.
Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento destas crianças.
Até o dia em que um anjo passou por mim.
Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, 
calejada porém por 2 longos anos de tratamentos os mais diversos. 
Hospitais, exames, manipulações, injeções, e todos os desconfortos trazidos pelos programas de quimioterapias e radioterapia.
Mas, nunca vi meu anjo fraquejar. 
Já a vi chorar sim, muitas vezes, mas não via fraqueza em seu choro. 
Via medo em seus olhinhos algumas vezes, e isto é humano! 
Mas via confiança e determinação.
Ela entregava o bracinho à enfermeira, e com uma lágrima nos olhos dizia:
- Faça tia, é preciso para eu ficar boa.

Um dia, cheguei ao hospital de manhã cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. 
E comecei a ouvir uma resposta que ainda hoje não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.
Meu anjo respondeu:-
-Tio, disse-me ela, às vezes minha mãe sai do quarto para chorar
escondido nos corredores. Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade de mim. Mas eu não tenho medo de morrer, tio. 
Eu não nasci para esta vida!
Pensando no que a morte representava para crianças, que assistem seus heróis morrerem e ressuscitarem nos seriados e filmes, indaguei:
- E o que a morte representa para você, minha querida?
- Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama dos nossos pais, e, no outro dia acordamos no nosso quarto, 
em nossa própria cama não é?
(Lembrei minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, costumavam dormir no meu quarto e após dormirem eu procedia exatamente assim.)
- É isso mesmo, e então?- perguntei.
-Vou explicar o que acontece, continuou ela:
Quando nós dormimos, nosso pai vem e nos leva nos braços para o nosso quarto, para nossa cama, não é?
- É isso mesmo querida, você é muito esperta!
- Olha tio, eu não nasci para esta vida!
Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. 
Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!
Fiquei "entupigaitado". Boquiaberto, não sabia o que dizer. 
Chocado com o pensamento deste anjinho, com a maturidade que 
o sofrimento acelerou, com a visão e grande espiritualidade desta criança, fiquei parado, sem ação.
- E minha mãe vai ficar com muitas saudades minha, emendou ela.
Emocionado, travado na garganta, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei ao meu anjo:
- E o que a saudade significa para você, minha querida?
- Não sabe não tio? SAUDADE É O AMOR QUE FICA!
Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um dar uma definição melhor, mais direta e mais simples para a palavra saudade: é o amor que fica!
Um anjo passou por mim... 
Foi enviado para me dizer que existe muito mais entre o céu e a terra, do que nos permitimos enxergar. Que geralmente absolutizamos tudo que é relativo (carros novos, casas, roupas de grife, jóias) enquanto relativizamos a única coisa absoluta que temos, nossa transcendência.

Meu anjinho já se foi, há longos anos. 
Mas deixou uma grande lição, vindo de alguém que jamais pensei, 
por ser criança e portadora de grave doença, e a quem nunca mais esqueci.
Deixou uma lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores.
Hoje, quando a noite chega e o céu está limpo, vejo uma linda estrela a quem chamo "meu anjo", que brilha e resplandece no céu. 
Imagino ser ela, fulgurante em sua nova e eterna casa.
Obrigado anjinho, pela vida bonita que teve, pelas lições que ensinastes, pela ajuda que me destes.
Que bom que existe saudades!
O amor que ficou é eterno!!!


(Rogério Brandão - Médico Oncologista clínico RC
Recife Boa Vista D4500 Cremepe 5758)


sábado, 2 de novembro de 2013

FINADOS E UMA PRECE PELAS PESSOAS A QUEM TIVEMOS AFEIÇÃO 

O dia de Finados é um dia de celebração à vida eterna. Das pessoas queridas que fizeram parte da nossa vida e que nos precederam. É um dia em que a saudade bate mais forte, seguem-se as lembranças e as lágrimas brotam aos olhos. Temos que tentar imaginar que é um dia que o Amor se torna maior, porque amar é sentir que aquele que se foi não morrerá nunca dentro de nós.


Por esse motivo farei a Deus, a minha filha Ana Cláudia, meu pai, meu irmão, meus avós, enfim parentes que me precederam, uma prece. Para que saibam e sintam o meu sincero amor por eles e que essa separação temporária me faça melhor para que e quando chegar a minha hora de partir seja digna do amor e da vida que me aguarda.




Digna-te, ó meu DEUS, de acolher, benévolo, a prece que te dirijo pelo Espírito de minha filha Ana Cláudia. 
Faze-lhe entrever as claridades divinas e torna-lhe fácil o caminho da felicidade eterna.
 Permite que os bons espíritos lhe levem as minhas palavras e o meu pensamento.
Tu, que tão cara me eras neste mundo, escuta a minha voz, que te chama para oferecer novo penhor da minha afeição  e do meu amor por você.

 Permitiu Deus que te libertasses antes de mim e eu disso me não poderia queixar sem egoísmo,  porquanto fora querer-te sujeita ainda às penas e sofrimentos da vida. 
Espero, pois, resignada, o momento de nos reunirmos de novo no mundo mais venturoso no qual me precedeste.
Sei que é apenas temporária a nossa separação e que, por mais longa que me possa parecer, a sua duração nada é em face da ditosa eternidade que Deus promete aos seus escolhidos. 
Que a sua bondade me preserve de fazer o que quer que retarde esse desejado instante  e me poupe assim à dor de te não encontrar, ao sair do meu cativeiro terreno.

Oh! quão doce e consoladora é a certeza de que não há entre nós mais do que um véu material  que te oculta às minhas vistas! de que podes estar aqui, ao meu lado, a me ver e ouvir como outrora,  senão ainda melhor do que outrora: de que não me esqueces, do mesmo modo que eu te não esqueço: 
de que os nossos pensamentos constantemente se entrecruzam e que o teu sempre me acompanha e ampara.
Que a paz do Senhor seja contigo.
Te Amo minha filha. Te Amo Ana Cláudia.
Amo à todos vocês.