quarta-feira, 22 de agosto de 2018

11 ANOS DE SAUDADE




11 ANOS DE SAUDADE...

Amada filha,
Mais um ano se passou desde sua partida, agora 11 anos da nossa separação.
Às vezes me deparo em frente ao calendário e não acredito-me arrancando páginas e páginas de meses que se vão.
A saudade, essa então... só aumenta...
Nesses 132 meses da nossa separação muitas coisas deixamos de viver juntas e em família.
Hoje me vejo aqui procurando palavras para me comunicar com você, como uma carta de mãe para filha que foi viajar para muito longe, e que lá nesse lugar somente as cartas escritas de coração para coração chegam ao seu destino.
Procurei fotos para preparar um novo vídeo, como faço todo ano em sua memória, mas olhando-as, começaram a se repetir de vídeos anteriores, então me bateu aquela tristeza em ver e saber que suas fotos a partir de 22 de agosto de 2007 não foram mais renovadas.
Me pego imaginando como você estaria agora... uma linda mulher com toda certeza...
Não só com as qualidades físicas que você almejava, mas também com aquelas que você já possuía. De doçura, de encanto, de humildade, de humanidade e de bom coração.
Então me vejo aqui a recordar duas imagens inesquecíveis guardadas em minha memória que não foram eternizadas através de uma máquina fotográfica ou um celular, mas sim pela minha visão e que estão bem vivas em minha mente.
A primeira foi do dia do seu nascimento, tão pequena, tão indefesa, saindo do meu ventre... tão esperada, tão amada...
A segunda quando você chegou em casa em um dia frio, após o recomeço das suas aulas da faculdade.
Eu estava a preparar o jantar e você chegou na cozinha e me deu um beijo no rosto e largou sua mochila em cima do balcão onde se encostou para me contar sobre o seu dia.
Estava tão linda...
Seus cabelos brilhantes caindo sobre os ombros e o peito, recobertos com uma touca preta de lã, sobrancelhas escuras bem definidas, os olhos grandes amendoados, as bochechas rosadas pelo frio do inverno, os lábios com um leve brilho de manteiga de cacau, e o sorriso... Ahh!!!... Esse sim... que lindo... que lembrança... que saudade...
É essa a mais bela imagem que guardo... Ahh!!! Seu eu soubesse...
Por esse motivo estou aqui lhe escrevendo de coração para coração, lembrando e relembrando dos melhores momentos de nossas vidas. E te confesso que os piores momentos também vieram à tona, pois, as datas de agora se assemelham às do passado, da tua partida através das mãos da maldade humana.
Mas conversando com uma amiga, ela me fez retornar à realidade e que não posso mudar o que nos aconteceu...
Por esse motivo espero que minha carta chegue até você, com todo o meu amor e saudade transformados em muita luz e energias positivas e que um dia possamos nos encontrar e vivermos todo esse amor que transcende a matéria.
Te amamos Ana Cláudia, hoje, sempre e além.
Seu pai, sua irmã e eu.

quarta-feira, 8 de agosto de 2018



ALMA QUERIDA

Alma querida! Batida pelo vendaval, sacudida pelas incertezas sob chuva de calhaus, sobre espículos cruéis.

É noite, e as sombras desenham fantasmas. Tu tremes, choras...

Dói-te o peito, represado de angústias e cambaleiam as tuas pernas fragilizadas.

Tuas mãos, sempre ágeis, descem e se negam a transformar-se em asas para voar.

Alma querida! Fita além da noite e verás, verás o amanhecer longínquo que chegará a ti, pleno de luz, apagando todas as sombras, diminuindo todas as aflições.

Não pares! Ergue a cabeça e avança, alma solitária e triste!

O Sol da eterna crença, avança no teu rumo, aguardando que sigas na Sua direção, no encontro, quando nimbada de luz, alma feliz, bendirás todas as dores, todas as humilhações, que são os tesouros imarcessíveis da vida, coroando-te de estrelas.

Almas queridas! Não canseis de lutar!

Cada um de nós é alma em reajustamento. Experimentamos aqui, outra vez, o seu quadro de testemunho, mas o nosso Modelo, quando aceitou a Cruz, transformou-a em dois braços que afagam e não numa trave hedionda de horror.

Ide! Avante, Almas queridas, bendizendo a noite com vossas preces, que se transformarão em estrelas, com vossas lágrimas que se converterão em pingentes de luar, para que nunca mais haja escuridão.

Deus vos abençoe, almas queridas!

São os votos da servidora humílima e maternal de sempre.


Franco, Divaldo Pereira. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Mensagem psicofônica recebida por Divaldo Franco no dia 07 de setembro de 1999, no Centro Espírita Caminho da Redenção, Salvador, BA..