quarta-feira, 25 de abril de 2012

MEU(MINHA) FILHO(A) MOSTRA-ME O CAMINHO

                   Se pudéssemos aceitar a morte do(a) nosso(a) filho(a)...Se conseguíssemos entendê-la sem enlouquecer de angústia... 


          Vamos para sempre ser vulneráveis a esta perda. 
         A nossa vida passa correndo mas com a dor torna-se espessa e vagarosa até ao dia em que percebemos que o tempo não tem tempo.

        Passam os anos e quando paramos para lembrar parece que foi ontem. Reparem: Ao olharmos para trás já nem nos lembramos de como éramos em crianças...Da nossa adolescência ficaram só pequenos pontos na nossa memória. Tudo é lembrado, por vezes, por fotos guardadas pelos nossos pais ou por nós. É angustiante ficar para sempre interrogando como seria se... Não há retorno...não podemos resolver nada do passado...é como um copo partido, nunca mais nele podemos saciar a nossa sede, mas, a água continua a dar-se através de outros copos ou mesmo com as nossas mãos em concha. É tudo uma questão de vontade.

        Sinto, por vezes, uma dor muito fina quando lembro e sinto viva a ausência desse(a) filho(a) que tanto amei e  então simplesmente fujo... Quero que ele(a) esteja em mim como uma criança que constantemente me mostra o caminho mais simples para continuar:.a serenidade, o amor, a amizade.

        Tudo é efemero... É preciso acreditar que a tranquilidade virá. Venceremos um dia a distância...é preciso dar tempo.



(Texto de: Aida Nuno, modificado por Liane T. Caron)

3 comentários:

  1. Olá Liane.
    Linda sua postagem!... Verdade amiga, para mim parece que foi ontem que tudo aconteceu, e acredito, que para todas nós que perdemos nossas filhas(os), o tempo parece não caminhar. Tudo é efêmero, tudo passa realmente, mas o nosso amor ficará... a saudade será eterna!
    Adorei te ver lá no blog! Obrigada pela visita e carinhoso comentário.
    Uma excelente semana pra vc, cheia de boas energias!
    Um grande beijo, minha querida amiga.

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  2. Liane, voltei só para te dizer que não conheço a música que te referes do Pe. Zezinho, mas vou procurar ouví-la. Beijos

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  3. Cheguei aqui por acaso...ou por sentir no coração o mesmo aperto de todo dia, não fomos ensinados a lidar com a morte e quando ela bate em nossa porta nos derruba de uma maneira que não sabemos como fazer.
    Um dia nascemos para em outro morrer...mas só vamos entender isso com o tempo que a morte não existe é apenas mais uma grande mudança em nossa vida e que o amor é o mais belo sentimento que tenso e nos ajuda a viver cada dia e cada novo dia, a saudade ficará para sempre e cada dia será um aprendizado do amis puro amor em nosso coração, não existe resposta e sim uma troca...
    Beijo grande de mais uma mãe...Lisette.

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