FUNERAL BLUES (SEM TRADUÇÃO; TAMBÉM CONHECIDA COMO: “ STOP
ALL DE CLOCKS” – PARE TODOS OS RELÓGIOS) DE WYSTAN HUGH AUDEN
Pare todos
os relógios, corte o telefone,
Impeça o cão
de latir com um osso suculento,
Silencie os
pianos e com tambor abafado,
Tragam o
caixão, deixe os enlutados que venham.
Que os
aviões circulem lamentando por cima das cabeças,
Rabiscando
no céu a mensagem “Ele está Morto”,
Coloquem
laços de crepe em volta dos pescoços brancos das pombas públicas,
Que os
policiais de trânsito usem luvas pretas de algodão.
Ele era o
meu Norte, meu Sul, meu Leste e Oeste,
Minha semana
de trabalho e meu domingo de descanso,
Meu
meio-dia, minha meia-noite, minha fala, minha canção.
Eu pensei
que esse amor duraria para sempre. Eu estava errado.
As estrelas
já não são necessárias; coloque fora todas elas.
Empacotem a
lua e desmantelem o sol.
Despeje
longe o oceano e varram a floresta;
Pois nada
agora jamais poderá ser bom.
Recebi esse
poema de uma amiga na dor do luto no mês passado logo após ter completado 07
anos do falecimento da minha filha Ana Cláudia.
Ela se chama
Fátima Gonçalves Vianna. Conhecemos-nos em Maio de 2010 quando fomos até
Uberaba no intuito de recebermos uma psicografia. Eu de minha filha e ela de
seu amado filho Lucas. Encontramo-nos durante o café da manhã no mesmo hotel
onde estávamos hospedadas. Contamos um pouco da nossa história e ela da dela.
Trocamos os números de telefone e endereço de e-mail para correspondermo-nos. E
desde aquela data temos feito isso. As vezes são longas as datas entre um
e-mail e outro, entre um telefonema e outro, mas estamos sempre em sintonia de
pensamentos e quando a lembrança chama atenção lá vem uma mensagem, um vídeo
para assistir, um telefonema. E com esse poema não foi diferente.
Demorei um
pouquinho para publicá-lo porque os meses de agosto e setembro são muito
difíceis de ultrapassar com as lembranças que nos marcaram.
Na realidade
peguei o texto original em inglês e o traduzi do meu ponto de vista. O que ela
me passou tem uma tradução um pouco diferente mas que no final relata
exatamente o significado de todos os sentimentos que tivemos e continuamos
tendo verbalizados e transcritos em palavras. Também procurei saber um pouco
mais sobre a vida do autor do poema, e que segue:
Wystan Hugh
Auden - nascido em 21 de fevereiro de 1907, falecido em 29 de setembro de 1973
- Foi um poeta anglo-americano. Nascido na Inglaterra e mais tarde tornou-se
cidadão americano.
É
considerado por muitos críticos como um dos maiores escritores do século 20.
Seu trabalho ficou conhecido pela sua realização estilística e técnica, tendo
como compromisso as questões morais e políticas e sua variedade de tom, forma e
conteúdo. Os temas centrais de sua poesia são: o amor, a política e a
cidadania, religião e moral, bem como a relação entre os seres humanos únicos e
anônimos.
A primeira, e menos conhecida, versão do poema, escrito e
publicado em 1936, tem cinco estrofes; a versão final de 1938 tem quatro.
Apenas as duas primeiras estrofes são as mesmas em ambas as versões.
Agora o texto em inglês:
Stop all de clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a
juicy bone,
Silence the pianos and with muffled
drum,
Bring out the coffin, let the
mourners come.
Let airplanes circle moaning
overhead,
Scribbling on the sky the message “He
is Dead”.
Put crepe bows round the white necks
of the public doves,
Let the traffic policemen wear black
cotton gloves.
He was my North, my South, my East
and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my
song.
I thought that love would last for
ever. I was wrong.
The stars are not wanted now; put
out every one.
Pack up the moon and dismantle the
sun.
Pour away the ocean and sweep up the
wood.
For nothing now can ever come to any
good.
Querida Liane..
ResponderExcluirEu costumo falar que não existe coincidências e sim providência, o teu encontro coma Fatima criou raízes e fiquei feliz muito feliz com esse lindo poema, que vc traduziu e fez essa linda postagem mostrado o poder de DEUS...
Tocou muito em meu coração bjss.