Existem pessoas que, quando violentadas pelo sofrimento, se tornam revoltadas, agredindo aos que vivem ao seu redor, como a se desforrar da dor que as esmaga.
Outras existem que se tornam amargas, alheias ao entorno, não se importando com nada mais senão sua própria dor. Para essas o mundo é cinza, sombrio, nada apresentando de bom.
A vida perdeu o brilho e vivem a rememorar os padecimentos suportados, chegando, por vezes, a se tornarem pessoas de difícil convivência, pela constância das lamentações.
Mas, outras têm o condão de transformar as experiências dolorosas em ações altruístas e humanitárias.
Recordamos da atriz belga "Audrey Hepburn". Filha de um banqueiro britânico irlandês e de uma baronesa holandesa, descendente de reis ingleses e franceses, tinha nobreza no sangue.
Foi a terceira maior lenda feminina do cinema, a quinta artista e a terceira mulher a ganhar as quatro principais premiações do entretenimento norte-americano, o EGOT, ou seja, o prêmio Emmy, o Grammy, o Oscar e o Tony.
Quando tinha apenas nove anos, seus pais se divorciaram. Para mantê-la afastada das brigas familiares, sua mãe a enviou para um internato na Inglaterra.
Audrey se apaixonou pela dança e estudou balé. Contudo, com o estourar da Segunda Guerra Mundial, tendo a Inglaterra declarado guerra à Alemanha, tudo se modificaria na sua vida.
Sua mãe, temendo bombardeios na Inglaterra, levou Audrey, sob protestos, para a Holanda. No entanto, com a invasão nazista, a vida da família foi tomada por uma série de provações.
Para sobreviver, muitas vezes, Audrey precisou se alimentar com folhas de tulipa.
Se ela sofria, e outras tantas pessoas sofriam, ela precisava fazer algo. Envolveu-se com a Resistência e viu muitos dos seus parentes serem mortos em sua frente.
Para angariar fundos, ela participou de espetáculos clandestinos, aproveitando para levar mensagens em suas sapatilhas.
Com o final da guerra, a organização que daria origem, posteriormente, à UNICEF, chegou com comida e suprimentos, salvando a vida de Audrey.
Ela jamais esqueceu isso e, em 1987, deu início ao mais importante trabalho de sua vida: o de embaixatriz da UNICEF. Essa tarefa foi extremamente facilitada, graças ao domínio de cinco idiomas: francês, italiano, inglês, neerlandês e espanhol.
Ela passou seus últimos anos em incansáveis missões pela UNICEF, visitando países, dando palestras e promovendo concertos em benefício de causas humanitárias.
Dizia ter uma dívida para com a UNICEF, por ter tido salva a sua vida. E, dessa forma, tentava resgatá-la.
* * *
Sim, as dores podem ser as mesmas. A maneira pela qual cada um as recebe difere e isso confere felicidade ou infelicidade.
Alguns se engrandecem na dor, outros se apequenam e se infelicitam.
A decisão é pessoal. Aprendamos com os bons e salutares exemplos.
Ninguém vive sem sofrer. Façamos das nossas agruras motivos de engrandecimento próprio.
(Redação do Momento Espírita, com base em dados biográficos de Audrey Hepburn. Em 23.9.2013).
Oi Liane,
ResponderExcluirVerdade e sabedoria em cada palavra desse texto. Precisamos realmente saber tirar proveito dos momentos difíceis que enfrentamos na vida, podemos extrair lições preciosas para o nosso aprimoramento espiritual e moral. Tudo é aprendizado, mas nem todas as pessoas têm essa sensibilidade, infelizmente!
Beijos e muita paz!
Liane, muito bem delineado este texto. Muitas vezes nos entregamos de tal forma a uma dor que nos esquecemos de ver na situação os pontos positivos para o nosso crescimento interior, pois sempre existe em cada experiência uma lição de vida. Infelizmente muitas pessoas não conseguem perceber que os obstáculos fazem parte da vivência humana. O exemplo da grande atriz, e abençoado ser humano, Audrey Hepburn, como bem salientaste nos mostra este exemplo de grandeza de alma.
ResponderExcluirFica uma estrela e um sorriso enfeitando teu final de semana.
Com carinho,
Helena
Olá Helena, vejo da mesma forma. Com o passar do tempo as experiências são assimiladas sejam positivamente ou negativamente, Depende tão somente de nós aceitá-las como aprendizado. Obrigada pelo seu carinho.
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