sexta-feira, 2 de setembro de 2011

ENFRENTANDO UMA GRANDE PERDA

ENFRENTANDO UMA GRANDE PERDA








Muitas situações na vida nos trazem a sensação de um mal irreparável, geralmente envolvendo perdas ou grandes mudanças: doenças, morte de alguém, mudança de cidade, de emprego, condição social, separação, perda de um sonho ou ideal e outras. As situações mais dolorosas referem-se à perda de um ente querido.


As pessoas ficam com a sensação de terem sido roubadas em algo a que tinham direito. Passam por um processo doloroso que envolve sofrimento, medo, revolta, raiva, culpa, depressão, isolamento, desinteresse pelas atividades costumeiras ou excesso de atividades (fuga); apresentam sintomas físicos e psicológicos de estresse, podendo até vir a adoecer.


O tempo requerido para o “luto” (fase de maior sofrimento) e a maneira de vivê-lo depende muito das circunstâncias da perda, o significado desta para a pessoa, seu modo particular de lidar com situações de crise, apoio disponível no seu meio familiar e social, como a comunidade onde vive encara esta perda, suas próprias crenças e outros aspectos.


A recuperação de uma perda significativa leva de alguns meses a dois anos e, mesmo aí, alguns aspectos podem continuar não muito bem resolvidos.


Mas, além da tristeza, as situações dolorosas podem fazer com que descubramos em nós mesmos forças antes desconhecidas, faz com que repensemos nossas vidas e nossos valores, passando a perceber o que realmente é importante e o que é supérfluo, e podem nos transformar em pessoas mais ricas espiritual e emocionalmente.
Apesar das pessoas sentirem e reagirem diferentemente, existem pontos em comum nas situações de perda, quando geralmente  passam por fases semelhantes. Quando descobrem que estão com uma doença grave ou isto acontece com uma pessoa muito próxima, a morte inesperada de alguém que amam, ou com quase todos os outros tipos de perda, primeiro passam pelo estágio de choque e negação, não querendo acreditar na realidade. Depois vem a fase da raiva, revolta (contra tudo, todos e até contra Deus) e muita mágoa. Mais tarde passam a negociar com Deus e com a vida, tentando fazer trocas e promessas; depois ficam deprimidos, perguntando-se “por que eu?”, “por que ele(ou ela)?”ou “por que comigo(ou conosco)?”.


A seguir a tendência é retrairem-se por algum tempo, afastando-se dos outros, enquanto buscam alcançar um estado de entendimento, paz, aceitação; de aceitar aquilo que não pode ser mudado.(E. Kubler-Ross). Muitos param em determinada fase e não vão adiante na superação da perda que já aconteceu ou, no caso de doença, vai ocorrer; alguns pulam de uma fase para outra, podendo retornar à fases anteriores;  outros caminham para a superação. Isto vai depender muito do suporte que recebem do meio, dos amigos, de terapeutas ou orientadores; do entendimento que têm sobre a vida e sua finalidade, de suas crenças filosóficas e/ ou religiosas e outros aspectos. 


A Dra Ross estudou também 20 mil casos de pessoas de várias culturas que passaram por experiências de quase morte(EQM), e notou muita semelhança no que percebem naqueles momentos de “morte”, as vivências e sensações são agradáveis e os pacientes percebem que na realidade a morte não existe, é uma passagem para um plano de vida diferente, como a borboleta que deixa o casulo.Se começarmos a ver a vida de maneira diferente, com maior entendimento, veremos que a morte jamais deve representar sofrimento, mas uma continuação da vida e da evolução.


Maria José G. S Nery- Psicóloga Clínica


Psicoterapia Cognitiva, Transpessoal e Regressiva


4 comentários:

  1. Liane querida, conheci seu blog através do "Amigos solidários na dor do luto".
    Me emocionei com sua história, infelizmente não é diferente da minha, pois somos mães de uma mesma dor, também perdi minha amada filha Thais há um ano e três meses e para mim parece que foi ontem, sinto muito pela sua linda filha. Hoje, só nos resta viver das boas lembranças e tentar aprender a conviver com esse imenso vazio em nossas vidas e com essa dor tão profunda chamada Saudade, até que chegue o tão esperado dia do nosso reencontro.
    Também criei um blog em sua homenagem e isso tem me dado muita força e conforto pelo apoio e carinho que recebo por lá, e através dele, posso expressar o meu imenso e eterno amor por ela.
    Que Deus continue nos amparando e nos dê sabedoria para prosseguir, sempre com fé e esperança!
    Fique na paz e muita luz na sua caminhada!
    Um grande beijo.

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  2. Oi Liane:
    Foi um enorme prazer quando li no mural um recadinho que vc estava postando o blog em homenagem a ANA CLAUDIA, vc sabe do carinho e do amor que eu tenho pela tua família pois,estamos juntas nesta caminhada uma amparando a outra, tenho certeza que sua filhota está muito orgulhosa com essa mãezinha tão especial.
    Gostei demais das postagens, dos textos e mensagens, sei que vai ser de muita ajuda para todos nós conhecendo como te conheço apesar de toda a tua dor e sofrimento esta pensando em ajudar principalmente essas mãezinhas especiais.
    Dentro nas nossas reuniões o teu testemunho e as tuas atitudes fortalece muitos os participantes.
    Te amo com carinho Zelinda

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  3. Olá Liane, obrigada pela visita e pelo carinho de suas palavras.
    Fiquei muito feliz!
    Terei o maior prazer em vê-la incluída na lista dos meus seguidores.
    Deus te abençoe!
    Beijos de luz!

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  4. Liane,
    Foi um imenso prazer conhecer este espaço em homenagem a Ana Claudia.
    Laços especiais como mãe e filha nunca são rompidos, nem pela separação física. O amor nunca desaparece, assim como as boas e doces lembranças que ambas carregam consigo. Sempre estaremos por aqui, te apoiando e compartilhando esses momentos.
    um abraço forte,

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