Um dos aspectos da perda, e talvez o que causa ainda mais dor, é a perda de alguém fisicamente.
Quando alguém que nos é querido parte, temos sempre a sensação… hum… sensação ou certeza de que podíamos ter dito e feito muito mais.
Adiamos sempre os gestos de ternura, os perdões, os amo-te, os abraços fortes… os passeios a pé, os silêncios confortáveis de profunda partilha… e um dia o Universo diz: acabou o prazo!
Parece que nos puxam o tapete debaixo dos pés! Sentimo-nos traídos, como se tivéssemos o direito de dar opinião acerca do “destino” dos outros…
Sentimo-nos vazios…
Esta dor é quase insuportável, mas como tudo na vida, o tempo dá uma mãozinha. Só mesmo esse tempo para amenizar o sofrimento, muitas noites passamos sem dormir, dias e dias sem nos alimentarmos, sem querer sair da cama, muitas lágrimas de intensa frustração derramamos, mas é tarde…
Sem pressão, seria bom que todos mantivéssemos em mente este fato, que pode acontecer a qualquer momento.
O nosso pai, a nossa mãe, um irmão, um filho, uma filha, o nosso companheiro, uma avozinha,um amigo pode terminar a sua caminhada. É a lei natural da vida. É incontornável.
A qualquer momento, o anjo da morte léva-nos alguém que amamos. Esse alguém pode ser um daqueles a quem nós não tivemos coragem de dizer: amo-te tanto! Admiro-te tanto. És tão importante para mim.
Temos tantas dificuldades em expressar nossos sentimentos.
E agora depois que se foram sentimo-nos mais arrasados ainda e infelizmente ficamos calados...
E que nos deixam mais marcas profundas.
(Texto Original Esfera Feminina - Vera Xavier modificado por Liane T. Caron)
Muito emocionante e real o que esta escrito.As vezes me pergunto será punição de alguma coisa que cometemos?perder um filho é algo muito cruel para uma mãe,como vc diz tanta coisa ainda para ser dita,para ser feita enfim é como se nossas filhas que partiram não tivesse completado o seu tempo real aqui na terra e ai amiga,é uma mistura de sentimentos de sensações.Hoje faz uma ano que perdi a minha maezinha e um ano que fui as pressas com minha filhinha para o hospital,´para um mês depois perde-la.que mês,é inevitavel não sofrer,não chorar,não se angustiar enfim é duro viver.abraços amiga.
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