domingo, 30 de dezembro de 2012

                                                              2013
Todo final de ano e inicio de um outro paramos por um momento para revermos nosso estado atual, tanto moral, espiritual e material, colocamos na balança o que fizemos e o que deixamos de fazer e definimos outras metas e ajustes necessários para que não tenhamos os mesmos erros deste ano que se finda.

Mais do que promessas e objetivos, na grande maioria já esquecidos ao final de Janeiro, devamos refletir sobre nossas ações. E já que o mundo não acabou seguindo o calendário Maia talvez seja início de uma Nova Era Abençoada ao Planeta Terra.
Por esse motivo quero dividir com vocês um texto de George Carlin que fala de nossa vida nos dias atuais e que nos ajuda a repensar em nossos erros e acertos e que tenhamos a chance de mudar alguma coisa para o Ano Novo que iniciaremos e que diz o seguinte: 

O PARADOXO DO TEMPO

Bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios.
Dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos cansados, lemos pouco, assistimos TV demais e oramos raramente.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
Falamos demais, amamos raramente, odiamos frequentemente.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos.
Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados.
Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das "rapidinhas", dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'.
Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa. Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.
LEMBRE-SE...
Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre.
Lembre-se de dar um abraço carinhoso num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer.
Lembre-se de dizer 'eu te amo' à sua companheira (o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, se ame...se ame muito.
Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro.
O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas AMAR tudo que você tem!
Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado sempre, cada um de nós está exatamente onde devia estar...


George Denis Patrick Carlin (12-05-1937 — 22/06/2008)  foi um humorista, autor e ator norte-americano. Carlin foi pioneiro na crítica a sociedade, o que lhe tornou famoso e ao mesmo tempo fez com que fosse preso diversas vezes quando atuava, nos anos setenta.

PENSEMOS NISSO. E UM FELIZ ANO NOVO. QUE EM 2013 POSSAMOS FAZER AS MODIFICAÇÕES NECESSÁRIAS EM NOSSAS VIDAS E QUE DEUS NOS ILUMINE E ABENÇOE.
Liane T. Caron e família

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

MEU DESEJO DE NATAL


Ao Papai Noel e ao Nosso Senhor Jesus Menino peço que neste Natal que a "Paz e a Harmonia" encontre moradia em todos os corações.

Que a Esperança seja um sentimento constante em cada ser que habita este planeta.

Desejo que o Amor e a Amizade prevaleça acima de todas as coisas materiais.

Que as Tristezas ou Mágoas, sejam banidas dos corações, dando lugar apenas ao Carinho.

Que a "Dor do Amor", encontre o remédio em outro Amor.

Que a "Dor Física", seja amenizada e que Deus esteja ao lado de todos, dando muita força, fé e resignação.

Que a Solidão seja Extinta, e no seu lugar se instale a Amizade Verdadeira, e o Companheirismo.

Que as pessoas procurem olhar mais a sua "Volta", e não tanto para "Si" mesma.

Que a Humildade e o Respeito residam na Alma e no Coração de todos. "Que saibamos Amar e Respeitar o Próximo como a nós mesmos".

Desejo também que meu pedido se realize não só neste Natal, mas em todos os dias de nossas vidas!

ESSE É O MEU DESEJO A TODOS VOCÊS.

sábado, 22 de dezembro de 2012

ANA CLÁUDIA CARON - 05 ANOS E 04 MESES DE MUITA SAUDADE

Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim...

Meu coração
Sem direção
Voando só por voar
Sem saber onde chegar
Sonhando em te encontrar
E as estrelas
Que hoje eu descobri
No seu olhar
As estrelas vão me guiar

Se eu não te amasse tanto assim
Talvez perdesse os sonhos
Dentro de mim
E vivesse na escuridão
Se eu não te amasse tanto assim
Talvez não visse flores
Por onde eu vi
Dentro do meu coração

Hoje eu sei
Eu te amei
No vento de um temporal
Mas fui mais
Muito além
Do tempo do vendaval
Nos desejos
Num beijo
Que eu jamais provei igual
E as estrelas dão um sinal

Se eu não te amasse tanto assim
Talvez perdesse os sonhos
Dentro de mim
E vivesse na escuridão
Se eu não te amasse tanto assim
Talvez não visse flores
Por onde eu vi
Dentro do meu coração...

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012


MEU CONSOLO VEM DE VOCÊS


Olá minhas(meus) amigas(os) de caminhada da mesma dor. Vou citar uma frase de Adalgisa Nery (poetisa e jornalista brasileira, nascida em 29/10/1905 e que faleceu em 07/06/1980 aos 74 anos e que teve a sua vida marcada por sofrimentos, conflitos e violência no lar).
É uma frase que me fez dar uma pausa neste blog, que é a seguinte:
“Se queres encontrar o que perdeste, se queres descobrir o que consola e por que clamam os teus sonos tristes encolhe-te no silêncio”.
Pois bem, encolhi-me no silêncio. Não conseguia imaginar que já haviam passado 05 anos da minha maior tristeza e eu ainda estava aqui, viva, lutando com os afazeres do dia-a-dia, não com a mesma intensidade de outrora, mas ainda aqui, tentando colar os cacos quebrados, costurar o tecido rasgado. Sonhos perdidos que estão sendo remodelados e muitos dos quais apagados e não realizados. Meus sonos tristes (sem sonhos) clamavam e ainda clamam pela vida de minha amada filha Ana Cláudia que sei, não a terei mais. Ah! Como dói essa comprovação do “nunca mais”.
Nunca mais terei seus beijos, seus abraços, seu corpo lindo e caloroso, seu olhar, sua voz, seu sorriso, sua gargalhada, seu perfume...
Mas no meu silêncio descobri o que me consola.
Minha família, minhas(meus) amigas(os), conhecidos que compartilham a mesma dor e que estamos seguindo pelo mesmo caminho.
Caminhamos pelo desconhecido em busca de respostas, palavras e remédios que amenizem a nossa dor e sofrimento e os quais tornem essa nossa jornada mais estável para enfrentá-la.
Confesso a todas(os) vocês que fiquei muito, mas muito abalada mesmo desde o dia 22/08/2012 (quando se passaram 05 anos da partida da minha filha), entrando em uma depressão que estava à me consumir. Infelizmente tive que ceder aos antidepressivos e através deles consegui ver que não sou somente eu passando por essa dificuldade.
Tenho meus agradecimentos a fazer à você Débora (mãe da Tauane) à você Regina F. Godoy (mãe da Lidiane), as minhas amigas do grupo “Amigos Solidários na Dor do Luto”(Todas vocês viu. Não vou citar os nomes, pois são muitos e tenho receio de esquecer de alguém e esse alguém ficar chateada(o) comigo), as minhas amigas do “Recanto da Prece”, amigas(os) do Blog, Facebook e Orkut, a minha irmã de longe que se chama Andrea Lima Hume (é assim que eu a considero pela afinidade que temos), minha mãe Romélia (meu exemplo de pessoa e de vida), meus irmãos: Levy, Rosane e Lizete, meu marido Paulo (companheiro nesta caminhada já à 30 anos), minha filha Ana Paula (que também sofreu e sofre muito com a partida da irmã) e meu anjinho (Ana Cláudia) que de lá de onde está me ilumina, conforta e me dá forças para continuar. E também tias e tios, primas e primos, cunhadas e cunhados,enteada e enteado, sobrinhas e sobrinhos.
Enfim, vocês são pessoas especiais que me consolam e incentivam-me à continuar nessa caminhada.
Sou grata por vocês fazerem parte da minha vida. Amo todas(os) vocês do fundo do meu coração.
E meu muito obrigado por descobrir o que me “CONSOLA”.



quinta-feira, 6 de setembro de 2012

ANA CLÁUDIA CARON - HOJE SERIA SEU 24º ANO DE VIDA AQUI CONOSCO





Meu Deus te devolvi minha filha Ana Cláudia.
Sentada aqui quero lhe fazer um pedido:
 Lhe entreguei o mais belo dos anjos,
O mais belo sorriso que já iluminou esse mundo,
O mais gostoso abraço que alguém poderia dar,
A mais carinhosa gargalhada que poderia ser ouvida,
O mais sincero amor de uma criança.
Lhe entreguei o que me era mais precioso nesta vida.
Lhe entreguei todos os meus sonhos num só momento.
Por isso eu te peço me faça compreender o porquê.
Tente fazer que eu sinta cada vez que eu fechar os meus olhos,
Aquelas mãos doces me tocando.
Tente me fazer olhar pra frente e não ter medo.
Ter a coragem suficiente que necessito para continuar nessa estrada que está tão cheia de pedras.
Faça-me compreender realmente que ela é o mais novo anjo no céu.
Faça-me acreditar que o mundo será bem melhor com a sua ajuda.
Faça-me acreditar que tudo isso era preciso.
Faça-me nunca perder a fé por nenhum instante.
Faça-me sentir a mais doce saudade ao invés dessa dor que machuca tanto.
Faça-me crer que a verei novamente.
Neste momento meus olhos se fecharão.
Minha vida terá sido completa.
Minha etapa nesta vida terá sido cumprida.
Assim terei a paz de um anjo novamente em meus braços.
A sensação de seu beijo doce em minha face.
Toda a sua ternura novamente ao meu lado.
Eu amo você meu Deus e te devolvi a minha filha.
Sei que estás cuidando dela pra mim. 

(Autoria Desconhecida)

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

LORIVAL R T JÚNIOR 01 ANO DE SAUDADE

LORIVAL RICARDO TABORDA JÚNIOR - 01 ANO DE SAUDADE






Meu Irmão,

A sua ausência nos causa profunda tristeza, mas relembrar as alegrias que você gerou entre nós é como se você aqui estivesse presente.

Não nos importa qual o papel que te coube no drama da vida rei ou vassalo , milionário ou mendigo , filósofo ou analfabeto, não importa . 

Desapareceste em silêncio por trás dos bastidores da morte...

Sua vida aqui não valeu apenas pela extensão que ocupou no tempo ou no espaço. Mas valeu pela intensidade com que ela foi vivida.

TE AMAMOS. FILHO, IRMÃO, TIO, PADRINHO, SOBRINHO.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

ANA CLÁUDIA CARON - 05 ANOS DE SAUDADE

COMO É GRANDE O MEU "AMOR POR VOCÊ"






Este vídeo que fiz expressa apenas um pouquinho do quanto é grande o meu "Amor Por Você", minha filha.
 05 anos de muita, mas muita saudade mesmo. Lembro-me bem de quando a sua irmã e você cantavam essa música na pré-escola em comemoração ao "Dia das Mães", com  choro, a garganta engasgada e muita emoção. Ahhh! Quanta saudade Ana Cláudia. 
Tenho vivido esses 05 anos de lembranças do ontem. Das lembranças que de você eu guardo. 
Meu "Amor Por Você" é tão grandioso, tão forte, tão intenso e que me fez relembrar um texto que li à algum tempo atrás em que uma menininha dizia à sua professora: - Pro "Eu Te Amo do Tamanho da Girafa". Hoje me sinto assim, tão criança, tão pequena, tentando explicar o meu "Amor Por Você". 
É dessa forma que gostaria que você sentisse o lugar que ocupas em meu coração minha filha, onde quer que estejas.
Posso lhe dizer também com toda a certeza a falta que você faz para a tua irmã e teu pai e as marcas da saudade que em nós deixou.
Te amamos, sempre, sempre, sempre. Ana Paula, papai e mamãe.


domingo, 22 de julho de 2012

04 ANOS E 11 MESES SEM VOCÊ ANA CLÁUDIA







Saudade...
Sensação que toma o peito na vontade de ter de novo alguém que se teve um dia...
Alguém que se amou e continua amando...
Saudade uma palavra fria!
Machuca, dói, corrói, pesa demais...
Transforma lembrança em ferro em brasa...
Que queima, que arde, mas que se existe é porque um dia alguém foi motivo de se transformar em saudade!
Você é minha saudade Ana Cláudia.
Te amo minha filha, hoje e sempre.
Mamãe.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

SOFRIMENTO E O SEGUIR ADIANTE






É natural: quando uma grande dor se abate sobre nós, a tendência é ficar paralisado, encolhido. Parece que tudo para. O ar fica pesado e a melancolia, em toda parte, faz os ponteiros dos relógios se arrastarem. No coração, solidão, medo, angústia, sofrimento.


Nessa hora, a maioria de nós tem vontade de deixar todas as coisas de lado, de dormir, esquecer, desaparecer. Mas a vida prossegue. E reclama de nós uma atitude: é preciso continuar. O estômago pede comida, o corpo se revela com sede, a família precisa ser sustentada. Tudo segue normalmente.


Mas, como prosseguir quando nada parece ter sentido? Se um enorme vazio toma conta de todas as coisas?


Antes de tudo é preciso ter consciência de que há outras pessoas que dependem de nós, seja fisicamente ou emocionalmente. Filhos, mulher, marido, pais, irmãos, amigos. Toda essa multidão sofre junto conosco. E, por amor a eles, é preciso lutar para superar o que nos magoa.


Se um filho morre, há outros que ficam. E esses aguardam gestos de amor, cuidados, sorrisos. E, se não há outros filhos, há outros parentes, há amigos que nos querem bem. Se perdemos algo, mesmo que seja muito importante, mesmo que seja o trabalho de toda uma vida, é a hora de buscar novos horizontes, novas oportunidades, novos olhares.


O mundo está cheio de descobertas à nossa espera. Mas, para isso é preciso estar aberto ao mundo, com os braços prontos para abraçar as belezas que a vida oferece. É preciso saber que não somos solitários no sofrimento. A dor que nos fere também vitima milhões de outras pessoas.


Cada um carrega a sua dor. Muitas vezes em segredo. Muitas vezes sem ninguém com quem compartilhar. Apesar da dor, o Mundo continua a girar, tudo segue seu ritmo normal. E de nada adianta desejar que tudo pare para nos assistir chorar. Ou para nos consolar. Temos dentro de nós uma força imensa para resistir a tudo, para suportar todas as provas. É algo que vem de Deus.


Jesus nos ensinou que Deus não dá provas superiores às nossas forças. É o espírito de luta que surge quando estamos abatidos. É a força que, de repente, toma conta da alma e nos faz sorrir de novo.


É um presente de Deus. Aproveite. Essa energia está viva na sua alma. Agita-se como um pássaro e espera que você a liberte. Como alcançá-la em nossa intimidade e despertá-la? Não há segredo e todos, sem exceção, podem conseguir. Chama-se oração. Deixe seu coração falar com Deus. Abra-lhe sua intimidade. Confesse-lhe suas amarguras, ansiedades, tristezas. E tenha certeza. Ele, o amor infinito e a misericórdia plena, não vai deixá-lo sem respostas.


* * *


Faça isso por você, mas, principalmente pelos seus afetos. Eles precisam muito de você.




(Texto Original do Momento Espírita - Seguir Adiante de 26/04/2010. Encontrado no site Partida e Chegada, alterado em 29/11/2010.)



domingo, 8 de julho de 2012

A(O)  MEU(MINHA) FILHO(A)

Você me deu um grande presente. Deu o que você tinha de melhor: o seu afeto grafado.

Obrigada, minha filha, te amo, te amo muito viu! Mamãe.
Ainda bem que tenho essas lembranças para alimentar os dias da minha saudade...



Hoje eu abri um livro. Não sei exatamente porque, dentre tantos de minha biblioteca, escolhi aquele.

Quando o abri, na primeira página, havia um desenho e o seu nome.
Recordei-me do dia em que comprei a obra. Era um lançamento, e muito caro.
A capa encadernada, folhas de papel de primeiríssima qualidade, um autor famoso. Coloquei-o sobre a mesa da biblioteca, para ler um pouco mais tarde.
Lembro-me que, quando descobri que você escrevera ali o seu nome, o(a) chamei. Eu estava muito zangado(a). O livro era meu e você escrevera seu nome nele e fizera um desenho.
Chamei-o(a) para lhe dar uma grande bronca. Você veio sorrindo e, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, vendo que eu segurava o livro em minhas mãos, me disse: “e daí, papai(mamãe), gostou do coração que eu desenhei no seu livro? É o meu coração, papai(mamãe)... Para você.

E também coloquei meu autógrafo. Como os artistas fazem. Gostou, papai(mamãe)?”
Você pulou no meu pescoço, beijando-me.
Pois é, naquele dia não houve bronca. Como poderia? Eu estava preocupado(a) com um livro que comprara e era precioso.
Mas o meu bem mais precioso, você, tinha colocado nele a sua marca. Não por maldade, ou por desejar estragá-la, mas para me dar um presente.
Hoje, tantos anos passados, quando você já constituiu sua família e está distante, ao abrir o livro, tudo aquilo brotou dos arquivos da memória.
Passei os dedos sobre aquelas garatujas que pretendiam ser um desenho do seu coração e seu nome. Você mal havia aprendido a escrever seu nome, em letras grandes.
Você está longe, há tempos não nos falamos. A vida é tão estranha.
Quantas vezes lhe disse para ficar quieto(a) porque eu desejava ter um pouco de silêncio?
Sabe, meu(minha) filho(a), daria tudo que tenho para ouvir sua voz, hoje, em minha velhice, aqui, na sala em que me encontro.
Ter o seu abraço, outra vez. Não sei quando tornaremos a nos ver. Seu trabalho o(a) mantém muito distante de mim.
Mas, saiba filho(a), foi muito bom encontrar seu nome e seu coração grafados em meu livro.
Fez-me muito bem à alma relembrar tudo isso. E fico feliz em não lhe ter dado a bronca, naquele dia.
Você me deu um grande presente. Deu o que você tinha de melhor: o seu afeto grafado.
Sinceramente desejo que seus filhos(as) façam o mesmo com você. Porque chegará sempre o dia em que, distantes, você ansiará por vê-los, por tê-los a seu lado.
Sinceramente espero que encontre escritos, bilhetes, desenhos em cada folha de seus livros, na capa de um CD.
Obrigado(a), meu(minha) filho(a)!

REFLETINDO...
A disciplina e a ordem, o respeito aos bens alheios, com certeza são valores que os pais prezam passar aos seus filhos.

Ninguém pense que se deva deixar os filhos fazerem o que querem, com os seus e os pertences de outrem.


No entanto, há que se ter sensibilidade para estabelecer a linha divisória entre mal-criação e um ato de amor.


Entre maldade e expressão do mais puro afeto de um filho por seu pai..


Aprenda a valorizar as pequenas grandes coisas que se expressam em um gesto espontâneo, em um abraço inesperado, um beijo que parece fora de contexto.


Jamais rejeite tais manifestações. Ao contrário, retribua, enquanto pode, enquanto seus filhos estão sob sua guarda, enquanto estão sob seu teto.


Dia chegará em que a vida os levará para longe, como flechas disparadas por hábil arqueiro, para as conquistas que lhes cabem.


E, então, você terá todas essas delicadas lembranças para alimentar os dias da sua saudade...



PENSEMOS NISSO!!


Fonte: Site “Momento Espírita” - modificado por Liane Taborda Caron

terça-feira, 3 de julho de 2012

A SABEDORIA DO CHOCOLATE QUENTE




Um grupo de jovens formados e bem estabelecidos
em suas carreiras, estavam conversando sobre suas
vidas em uma reunião de ex-colegas.

Então decidiram que visitariam um velho professor

do tempo de faculdade, agora aposentado, e que fora
sempre uma inspiração para eles.

Durante a visita, o bate-papo se transformou

em reclamação sobre o estresse em seus trabalhos,
vidas e relacionamentos.

Ao oferecer chocolate quente aos seus visitantes,

o professor foi na cozinha e retornou com uma jarra
cheia de bebida e com uma variedade grande de canecos.

Alguns deles eram de porcelana, outros de vidro, outros

de cristal... uns simples, outros bem caros e bonitos, e
outros bem feios.

Então ele convidou cada um a se servir da bebida.


Quando todos eles já estavam com o chocolate quente em mãos,

o professor compartilhou seu pensamento:

-"Percebam que todos os canecos caros e bonitos

foram os escolhidos, e que os simples e baratos
foram deixados na mesa?"

-"Embora vocês achem normal desejarem somente

os melhores para si, é aí que está a fonte de seus
problemas e estresse."

-"O caneco no qual está bebendo, não acrescenta

nada à qualidade da bebida. Na maioria das vezes,
ele é apenas mais caro. Às vezes, ele até esconde
o que estamos bebendo."

-"O que cada um de vocês queria, na verdade, era

chocolate quente. Vocês não queriam o caneco... mas
vocês conscientemente escolheram os melhores."

-"E logo vocês começaram a olhar

uns para os canecos dos outros."

_"Agora amigos,

por favor, considerem o seguinte:

-"A vida é o chocolate quente.

Seu emprego, seu dinheiro, e sua posição
na sociedade são os canecos."

_"Eles são apenas

ferramentas que fazem parte da vida."

-"Os canecos que vocês tem em mãos, não definem

nem mudam a qualidade de vida
que vocês vivem."

-"Às vezes, ao nos concentrarmos somente no caneco,

deixamos de saborear o chocolate quente
que Deus tem nos ofertado."

-"Lembrem-se sempre disto:

- Deus provê o chocolate. Ele não escolhe o caneco."

-"As pessoas mais felizes

não são as que tem o melhor de tudo.
Mas simplesmente
as que fazem o melhor de tudo que têm!

Vivam simplesmente

Amem generosamente
Cuidem-se imensamente
Falem bondosamente

Deixem o resto com Deus.

E lembrem-se:
- Os mais ricos não são os que têm mais,
mas os que precisam de menos.

Aproveitem seu chocolate quente!!



(autor desconhecido)

quinta-feira, 28 de junho de 2012


MORTE...E A DOR DA PERDA


 Morte. A palavra, por si só, já carrega um peso. É a única certeza que temos na vida, a de que todos morreremos um dia. Mas é difícil se preparar para perder alguém. Algumas almas elevadas conseguem lidar bem com as perdas, mas acredito que a grande maioria das pessoas não está pronta para ver arrancado de sua vida alguém que ama. Sentimos uma saudade diferente. É uma saudade amarrada pela certeza de que nunca vai passar. É uma saudade que nos acompanha até encontrarmos o nosso fim. Apenas nos acostumamos a conviver com a ausência, mas não esquecemos, não deixamos de sentir falta… as memórias permanecem, o peito aperta em cada lembrança, e só o tempo mesmo para acalmar o coração…
A compreensão da morte vai depender da crença religiosa de cada um. Cada um interpreta o ato de morrer de uma forma diferente. Para alguns, voltaremos em uma nova encarnação; para outros, ali acaba a vida. Teorias não faltam para tentar explicar a morte… Mas o fato é que é difícil perder alguém.Um vazio parece invadir o peito, a sensação de que você não está vivendo aquilo, uma vontade de que seja tudo um sonho, um desespero que não se consegue explicar… O descontrole inicial passa, e você cai na real: a pessoa já não está em sua vida, não daquele jeito  que você estava acostumado...
Aquela rotina que vocês cumpriam já não existe. Você sempre espera a pessoa chegar naquela hora de costume, mas ninguém bate à porta… No horário do telefonema, ele simplesmente não toca… Ouvir a voz dando bom-dia, ouvir a voz falando qualquer coisa… As fotos trazem lágrimas, você pensa que poderia ter feito tanta coisa a mais, pensa que poderia ter falado tanto mais, pensa que poderia ter feito algo diferente, ainda que não tenha feito nada de errado… Enfrentar a morte é um processo que exige tempo para que consigamos lidar melhor com a situação, com a ausência em si… Eu perdi alguém. E eu nunca havia pensado no quanto dói perder alguém.
Mas a vida segue seu rumo, impiedosa. Os dias continuam passando a cada 24 horas e o resto de sua vida caminha a passos largos, ainda que você precise dar um tempo de tudo. Só que hoje, não temos tempo nem para o luto. Não que ninguém deva se entregar à dor e lá ficar. Não é isso… A questão é que é impossível exigir que funcionemos como se nada tivesse acontecido. É impossível desvincular o emocional das nossas rotinas diárias. Mas a nossa sociedade apressada não quer saber disso. Não temos mais tempo para chorar. Ou então choraremos a caminho de algum lugar, ou enquanto executamos alguma atividade…
A fase de luto não é fácil. Dói, machuca… e machuca muito. Nossas lembranças se viram contra nós, porque trazem à tona muitas das imagens que gostaríamos de esquecer. O mundo não para, os segundos correm, o tempo passa… Sinto falta de termos mais tempo pra gente. Sinto falta de termos tempo pra ficar em casa vendo sessão da tarde e comendo pipoca… Porque um dia nós é que vamos morrer… e a perda me fez pensar no quanto é importante se preocupar com o que você anda fazendo da sua vida… Eu queria poder ter mais tempo pra chorar.
As lágrimas ainda caem, mas o riso já estampa meu rosto, em homenagem aos que se foram… Um dia seremos cada um de nós, deixando esse mundo. Mas enquanto eu estiver nele, escolhi que vou fazer o melhor para ser feliz e viver.  Toda perda nos faz refletir… Eu quero aproveitar cada momento que eu posso ter ao lado das pessoas que amo. Quero aproveitar cada segundo ao lado delas… Chorarei pela perda de cada um que amo, mas farei brilhar no rosto um riso, por ter podido compartilhar tudo o que foi possível enquanto estavam ao meu lado.
(Por Alane Virgínia em 25/04/2009 – Modificado por Liane Taborda Caron)

sexta-feira, 22 de junho de 2012

HOJE 04 ANOS E 10 MESES SEM A PRESENÇA DA MINHA FILHA ANA CLÁUDIA.



"Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche."
(Martha Medeiros)
Te amo Ana Cláudia, eternamente te amo minha filha.

quarta-feira, 20 de junho de 2012


APRENDI...E AINDA CONTINUO APRENDENDO.
Que a melhor escola do mundo está nos pés dos mais velhos.

Aprendi.... Que quando se está apaixonado não dá para esconder.
Aprendi.... Que se apenas uma pessoa me disser "Você me fez ganhar o dia!", o meu dia está ganho. 
Aprendi.... Que ter uma criança adormecendo em meus braços é uma das maiores sensações de paz do mundo.
Aprendi.... Que ser generoso é mais importante do que estar certo.

Aprendi.... Que nunca se deve dizer "não" ao presente de uma criança.
Aprendi.... Que eu sempre posso rezar por uma pessoa quando não tenho condições de ajudá-la de outra forma.
Aprendi.... Que não importa quão sério a vida me obrigue ser, todo mundo precisa de um amigo para brincar.
Aprendi.... Que às vezes tudo que uma pessoa precisa é uma mão para segurar e um coração para entendê-la. 

Aprendi.... Que umas simples voltas no quarteirão com meu pai, nas noites quentes de verão, quando eu era criança fez maravilhas em mim quando fiquei adulto.
Aprendi.... Que a vida é como um rolo de papel-higiênico. Quanto mais perto do fim, mais depressa passa.
Aprendi.... Que devemos estar contentes por Deus não nos ter dado tudo que pedimos. 
Aprendi.... Que o dinheiro não compra a elegância.

Aprendi.... Que são aqueles pequenos acontecimentos diários que fazem a vida tão espetacular.
Aprendi... Que debaixo de uma couraça tem sempre alguém precisando de reconhecimento e amor.
Aprendi.... Que Deus não fez tudo em um dia. O que me faz achar que eu posso?
Aprendi.... Que ignorar os fatos não muda a importância deles.

Aprendi.... Que quando se quer ficar "quites" com alguém, apenas estamos deixando que aquela pessoa nos fira de novo. 
Aprendi.... Que o amor, e não o tempo, cura todas as feridas.
Aprendi.... Que o jeito mais fácil de crescer como pessoa é me cercar de pessoas melhores que eu. 
Aprendi.... Que todas as pessoas que encontramos merecem ser recebidas com um sorriso.

Aprendi.... Que não há nada mais doce do que dormir com os filhos e sentir a respiração deles no rosto.
Aprendi.... Que ninguém é perfeito até que eu me apaixone. 
Aprendi.... Que a vida é dura, mas que eu sou mais duro.
Aprendi.... Que as oportunidade não se perdem; alguém vai pegar as que eu perdi.

Aprendi.... Que quando se cultiva tristezas, a felicidade vai bater noutro lugar.
Aprendi.... Que eu gostaria de ter dito mais uma vez a meu pai que eu o amo antes dele morrer. 
Aprendi.... Que se deve usar palavras suaves e macias porque, talvez amanhã, tenhamos que engoli-las. 
Aprendi.... Que um sorriso é a forma mais barata para se melhorar o visual. 
Aprendi.... Que não posso escolher como me sinto, mas que posso escolher como reagir a isto. 

Aprendi.... Que quando seu bebê segura forte seu dedo mindinho, que você foi fisgado para a vida toda.
Aprendi.... Que todo mundo quer viver no topo da montanha, mas que toda a felicidade e o crescimento está na escalada dela.
Aprendi.... Que é melhor dar conselho somente em duas circunstâncias; quando for pedido e quando for uma questão de vida ou morte.
Aprendi.... Que quanto menos tempo eu gastar fazendo uma coisa, mais coisas eu faço.

Maktub
1704 (Rivalcir Liberato)

domingo, 10 de junho de 2012

VENCENDO O DESÂNIMO 


O grande carro de luxo parou diante do pequeno escritório à entrada do cemitério e o chofer, uniformizado, dirigiu-se ao vigia.
- Você pode acompanhar-me, por favor? É que minha patroa está doente e não pode andar, explicou. Quer ter a bondade de vir falar com ela?

Uma senhora de idade, cujos olhos fundos não podiam ocultar o profundo sofrimento, esperava no carro.

- Sou a Sra. Adams, disse-lhe. - nestes últimos dois anos mandei-lhe cinco dólares por semana...

- Para as flores, lembrou o vigia. 

- Justamente. Para que fossem colocadas na sepultura de meu filho.

- Vim aqui hoje, disse um tanto consternada, porque os médicos me avisaram que tenho pouco tempo de vida. Então quis vir até aqui para uma última visita e para lhe agradecer.


O funcionário teve um momento de hesitação, mas depois falou com delicadeza:

- Sabe, minha senhora, eu sempre lamentei que continuasse mandando o dinheiro para as flores...

- Como assim? Perguntou a dama. 

- É que... a senhora sabe... as flores duram tão pouco tempo... 
- E afinal, aqui, ninguém vê... 
- O senhor sabe o que está dizendo? Retrucou a senhora Adams. 
- Sei, sim senhora. Pertenço a uma associação de serviço social, cujos membros visitam os hospitais e os asilos.

- Lá, sim, é que as flores fazem muita falta... 

- Os internados podem vê-las e apreciar seu perfume.

A senhora deixou-se ficar em silêncio por alguns segundos. Depois, sem dizer uma palavra, fez um sinal ao chofer para que partissem.


Meses depois, o vigia foi surpreendido por outra visita. Duplamente surpreendido porque, desta vez, era a própria senhora que vinha guiando o carro.


- Agora eu mesma levo as flores aos doentes, explicou-lhe, com um sorriso amável. 

- O senhor tem razão. Os enfermos ficam radiantes e fazem com que eu me sinta feliz. 
- Os médicos não sabem a razão da minha cura, mas eu sei. 
- É que reencontrei motivos para viver. Não esqueci meu filho, pelo contrário, dou as flores em seu nome e isso me dá forças.

A Sra. Adams descobrira o que quase todos não ignoramos mas muitas vezes esquecemos. Auxiliando os outros, conseguira auxiliar-se a si própria.




Maktub 2465 (A palavra Maktub quer dizer "carta" em árabe, contudo foi traduzida como "está escrito" pelo escritor. É uma coletânea de histórias, palavras, crônicas e outras, publicados diariamente em jornais entre os anos de 1993 e 1994. É um livro com base em histórias e fatos de várias culturas e partes do mundo, tratando-se não de um livro de conselhos, mas de um resumo de filosofia de vida de diversos povos). Rivalcir Liberato.


quarta-feira, 6 de junho de 2012

DESIDERATA


Siga tranqüilamente entre a inquietude e a pressa, lembrando-se de que há sempre paz no silêncio. Tanto quanto possível sem humilhar-se, mantenha-se em harmonia com todos que o cercam.


Fale a sua verdade, clara e mansamente.


Escute a verdade dos outros, pois eles também têm a sua própria história. 


Evite as pessoas agitadas e agressivas: elas afligem o nosso espírito.


Não se compare aos demais, olhando as pessoas como superiores ou inferiores a você: isso o tornaria superficial e amargo. 


Viva intensamente os seus ideais e o que você já conseguiu realizar.


Mantenha o interesse no seu trabalho, por mais humilde que seja, ele é um verdadeiro tesouro na contínua mudança dos tempos. 


Seja prudente em tudo o que fizer, porque o mundo está cheio de armadilhas. Mas não fique cego para o bem que sempre existe. Em toda parte, a vida está cheia de heroísmo. 


Seja você mesmo. Sobretudo, não simule afeição e não transforme o amor numa brincadeira, pois, no meio de tanta aridez, ele é perene como a relva. 


Aceite, com carinho, o conselho dos mais velhos e seja compreensivo com os impulsos inovadores da juventude. 


Cultive a força do espírito e você estará preparado para enfrentar as surpresas da sorte adversa. Não se desespere com perigos imaginários: muitos temores têm sua origem no cansaço e na solidão.


Ao lado de uma sadia disciplina conserve, para consigo mesmo, uma imensa bondade. Você é filho do universo, irmão das estrelas e árvores, você merece estar aqui e, mesmo se você não pode perceber, a terra e o universo vão cumprindo o seu destino. Portanto, esteja em paz com Deus, qualquer que seja sua forma de concebê-lo. E sejam quais forem sua lida e suas aspirações, na barulhenta confusão da vida, conserve, no mais profundo do seu ser, a harmonia e a paz. 


Com todos os enganos, penas e sonhos desfeitos, este é ainda um mundo maravilhoso. 


Caminhe com cuidado, faça tudo para ser feliz e partilhe com os outros a sua felicidade. 



(Desiderata - do Latim Desideratu: Aquilo que se deseja, aspiração. Autoria: Max Ehrmann - Os poemas filosóficos em prosa Uma Prece e Desiderata são considerados as obras-primas de Max Ehrmann. Entretanto, foi Desiderata, escrito em 1927, quando ele tinha 55 anos, que tornou-se mundialmente conhecido. O poema trata de como podemos alcançar a felicidade nesta vida). Max Ehrmann (1872-1945).





quarta-feira, 30 de maio de 2012

AINDA ME PERGUNTANDO: COMO PODEMOS VIVER COM A PERDA DE NOSSOS(AS) FILHOS(AS)?


Ser mãe é padecer no paraíso, quanta alegria e celebração à mulher que pode dizer isso – ela é mãe de filho vivo. Mãe de filho morto é mulher que desce ao inferno da dor, do desespero e da depressão. Sua vida, de céu não tem nada, há apenas um quedar-se insone, ansioso e impotente diante de um destino que não pode mudar. Se as mães pudessem pressentir a morte inesperada de filhos, em crimes e acidentes, ou salvá-los de morte anunciada por enfermidade que vai se estendendo, simbolicamente tentariam aquilo que é fisiologicamente impossível: pelo mesmo e agora já inexistente cordão umbilical, através do qual os colocaram no mundo, os trariam de volta ao aconchego do útero. Sim, é nele, útero, que a constante dor emocional da morte, quase sempre psicossomatizada, lateja fisicamente. Psicólogos afirmam: “Muitas mulheres, ao perderem suas crianças, sentem pontadas no útero” – útero que já foi preenchido pelo feto, feto que virou filho, filho que virou sepultura. “A dor não passa jamais”, diz Luciana Mazorra, psicóloga clínica e professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. 
“Emocional e fisicamente, é como se ela fosse mudando de lugar e machucando a mãe em espaços diversos.” Assim fala a teórica.
“O falecimento de um filho é dor que dói na alma e no corpo.”  “Não há superação”, mas tão somente adequação no dia a dia ao sofrimento.
 Existem na vida dois fenômenos irreversíveis, ou seja, a maternidade e a morte. A mulher é uma "mulher" e quando dá à luz passa a ser uma "mulher-mãe". Se seu filho morre, ainda assim ela continua sendo mãe. Novamente aqui, reforça-se a tese com uma fala dolorida: “Não existe ex-mãe”.
Para todas essas mães que perderam seus filhos a vida muda naquilo que é mais perceptível, ou seja, na rotina, na saúde, no ânimo e nos projetos. Mas muda também, e em doses alucinantes de padecimento, naquilo que é inconsútil, mas se torna marcado para sempre: a alma.
É como amputar um braço, não se recupera mais. É uma dor que é um buraco que nada preenche.” Falou-se em alma da mulher-mãe, falou-se no desejo impotente de amparar o que já é inerte e assim faz-se necessário voltar-se aqui à teoria do luto. O que é essa alma? Como se dá o processamento da irreversível perda? O projeto de maternidade, bem como a maternidade consumada, é para a mulher uma espécie de “prolongamento de seu ego”, assim ensinou humanidade o criador da psicanálise, Sigmund Freud, e dois de seus mais geniais seguidores – embora tenham rompido com o mestre no andar da carruagem do conhecimento humano – Melanie Klein e Jacques Lacan. Pode-se dizer, mesmo, que “é um ato narcisista da mulher e que na criança ela vai projetar a si própria, o que não quer dizer que não a ame profundamente e para sempre”. 
Assim, quando o filho morre, três dores se sobrepõem. Em primeiro lugar, o “espelho-lago da mitologia de Narciso”, presente em todos nós, se parte e muitas mães órfãs mal conseguem olhar-se de fato num espelho de verdade.
Em segundo lugar, a morte do filho interrompe toda a perspectiva de futuro que a mãe nele depositara, inclusive o futuro de ver seus genes se fortificarem e se perpetuarem – essa é parte emocional e novamente não tangível, mas contam também os projetos visíveis de vê-lo estudar, viajar, fazer dele uma pessoa e tê-lo como uma grande e constante companhia. Com ele vivo, o mundo é uma escada rolante subindo; se ele morre, nem se pode dizer que essa escada rolante pare. Na verdade, ela desce despencando. 
Terceira e finalmente, a morte de um filho interrompe o inexorável, mas natural caminhar do tempo: estamos culturalmente preparados para assistir, primeiro, à morte de nossos bisavós, avós e pais – ou seja, daqueles que primeiro chegaram ao mundo. O falecimento do descendente, portanto, interrompe essa ordem estabelecida de vida e morte e a mulher-mãe enlouquece ao triste estilo dos incrédulos que não se cansam de perguntar “por quê?, por quê? por quê?”. 
Mas há também uma outra, novamente a da alma, a da ordem natural interrompida de nascimento, crescimento, envelhecimento e morte. Há o desespero que somente a desesperada sabe qual é. 
 Na subversão do tempo dos vivos e dos mortos, quando gente pequena morre antes de gente grande, ou na “traição do tempo”, como às vezes preferem definir algumas mulheres enlutadas, já não vale o lugar-comum que repetimos e julgamos toda dor aplacar: “Dê tempo ao tempo que a dor passa.” Não. Para as órfãs de suas proles o tempo estanca e não há lenitivo; e entre aqueles que se especializam em cuidar delas é impossível quantificar um período de luto. “Perder um filho é o maior stress que o ser humano pode passar. Não dá para dizer quanto dura esse luto, ele pode ser eterno”, diz a psicóloga Éster Affini, especializada no atendimento desses casos. 
Que nome dar a essa dor? As mulheres-mães-órfãs choraram. As mulheres-mães-órfãs responderam: – Essa dor não tem nome. 


Texto de Antonio Auggusto João- 04/04/2010, modificado por Liane T. Caron)

terça-feira, 22 de maio de 2012

04 ANOS E 09 MESES SEM VOCÊ ANA CLÁUDIA

Dia 08 de Maio de 2012, fomos surpreendidos aqui em casa por pessoas nos ligando e enviando mensagens pelo Facebook nos perguntando se havíamos lido um dos jornais locais aqui de Curitiba.
- Dissemos que não. 
Disseram-me que havia uma reportagem falando sobre a morte da minha amada filha Ana Cláudia que está prestes a completar 05 anos em agosto. E para minha tristeza bem próximo do "Dia das Mães". Não bastando à falta da minha filha ainda tendo que reviver todos os dias de angustia e tristeza da época do acontecimento. Porém retirei algumas linhas dessa reportagem que falam de minha filha que me amenizaram após tantas informações relatadas. Reescrevo-as logo abaixo da sua fotografia.
                                SAUDADE ETERNA FILHA. TE AMAMOS.


As adolescentes em geral são bonitas. Algumas são mais bonitas que outras. Ana Cláudia Caron pertencia a este grupo de garota mais bonita que as outras. Cabelos negros, olhos astutos e perscrutantes, parecendo duas ameixas negras num rosto com sorriso suave. Algumas sardas sob os olhos e um pequeno piercing prateado na parte direita do nariz completavam o semblante de garota que os amigos definiam como "meiga e cheia de vida". Ela tinha namorado e cursava o primeiro ano de Educação Física na Universidade Federal do Paraná. Embora o sobrenome Caron tenha origem teutônica, Ana Cláudia em seus 18 anos de idade recordava um belo exemplar de beleza mediterrânea. 
Esta foi a imagem que a garota deixou em suas últimas fotografias. Fotografias feitas quando estava viva.
(por Edilson Pereira)

domingo, 13 de maio de 2012


MINHA HOMENAGEM À TODAS AS MÃES QUE ASSIM COMO EU TEM UM ANJO JUNTO DE DEUS


MATER

Ei-la!...- senhora e serva, entre humana e divina,
Por mais a dor, por dentro, a espanque ou despedace,
Carreia a paz no gesto e o sorriso na face,
Fala e desvenda o rumo, abençoa e ilumina.

Anjo renovador, tem no lar a oficina,
Onde o serviço exclui todo prazer mendace,
Ao seu toque de luz, a esperança renasce,
Suporta, recompõe, trabalha, sofre, ensina.

Mãe, um dia, quis Deus mostrar-se à vida humana,
Fez-te santa e mulher, escrava e soberana,
Vinculada nos Céus, de homenagens prescindes!...

Deus se revela em ti, no amor alto e perfeito,
Por isso, trazes, Mãe, nos recessos do peito,
A ternura sem par e a bondade sem limites.

 
pelo Espírito Carlos Bittencourt - Do livro: Mãe, Médium: Francisco Cândido Xavier.